COMPLEXAS COLOCAÇÕES= parte 3 de 5

Adquirimos visão interior quando nos aplicamos a oráculos a ajudar neste mister; vemos o que imaginamos ser fantasia, louca obsessão, porém em momentos de distração vem à mente sensações, e verdades que desconhecemos, e aos poucos o que era tola intenção, passa a ser forma coerente de interpretar mais o seu mundo invisível, e de quem possa estar a sua frente; é a magia dos oráculos a proporcionar chaves à portas que estão em nós; a vontade do inconsciente de mostrar o poder que lhe pertence e desta forma levar o espírito ao crescimento interior, o oraculo é ferramenta a ser abandonada um dia; meramente um exercício para a mente atrofiada no sentido do mundo invisível, e que aos poucos não mais precisará desta forma sábia de iniciar nos conhecimentos superiores.

Deus é existência, nossa existência, sem Ele não viveríamos; sem nós Ele não viveria, pois somos de maneira abrupta de se entender sua célula corpórea. Se não existimos, não haveria necessidade de Deus, porque nada existiria, se Ele não existisse seriamos nada, porque somos Ele e Ele somos nós, a carne que de nosso corpo dá vida ao espírito é magia divina, e desta forma vivemos a compreender o crescimento cármico, entendemos que somos sábios em nossa parca compreensão, porém os tempos em que tudo deverá ser desvelado chegará; nosso crescimento final, a compreensão do destino nosso e de Deus, tal qual disse o Cristo incorporado no homem de nome Jesus, nenhuma ovelha se perderá, e quando a ovelha perdida for encontrada, será por demais amada por seu pastor, e somos ovelhas perdidas, porém vigiadas a distância, por este motivo nossos erros, temos que aprender a colaborar com o pastor para sermos encontrados.

Quando Jesus aqui chegou sabia de sua missão, plantar um grão de mostarda a ser cultivada com o tempo; foi interpretado como libertador político de um povo, e isto lhe rendeu inimigos, o fez perecer na cruz após muito sofrimento, mas ele era o incumbido de trazer a sabedoria ao povo, de ensinar que a política e a guerra não são caminhos para a libertação; o que liberta é entender das vontades do Cristo em nós, só Ele pode nos permitir esta liberdade, e ela não é negada a ninguém que deseje ir até Ele, o Cristo é nossa centelha divina, o cristal de “apatita” que em nosso corpo está, e que cultivado com sabedoria permite ascensão e luz eterna a nosso espírito com nós ainda vivos.

É a eternidade, desta forma o grão de mostarda se fará arvore frondosa a ser vista a grande distância, jamais posta abaixo e se mostrará imensamente maior que era seu grão; a espiritualidade em nós, pequena hoje, imperceptível, porém imensamente forte e poderosa no desejo do Criador quando nos libertamos dos grilhões da mente materialista.

Em tudo que sabemos de verdade, vivemos na ignorância de pouco saber, mesmo do que imaginamos entender, pois só sabemos do que é visível, do que se fez pela ação viva da natureza, e não pela ação imortal do universo, que as potencialidades atômicas são composições de única base; que a energia vital a nós é também de única base, e que somos energia condensada assim como tudo que conhecemos.

É a divina sabedoria, ou providência a nos suprir de tudo que é necessário ao crescimento, desta forma somos sábios o suficiente para entendermos pelo menos o que vemos, porém seremos magos se entendermos de tudo isto de prisma mais profundo, a sapiência da divina criação; as verdades que o Mestre colocou e nos faz raciocinar a cada dia, mesmo que não queiramos; da forma que somos abordados por pensamentos não nossos, é tudo energia a nossa volta, em nós, e que somos nós, e que estamos sempre sujeitos a sofrer ou não, dependendo de nossa forma de entender o que nos acontece, o que nos sucede como sábios seres; que na ignorância do materialismo não se dá conta desta sabedoria.

Permitamo-nos conhecer um pouco mais, para que o desconhecido não seja tão aterrorizante, seja mais amigo do oculto em nós, para que o desconhecido do exterior não cause angustia, pois se entendermos o funcionamento de nosso ser, entenderemos o funcionamento do universo, se esquecermos de que temos um universo em nós não compreenderemos, e mais, não aceitaremos o que fora de nós está, porque todos somos iguais em imagem e semelhança, nossos universos internos são idênticos, só não os conhecemos igualmente, então se faça estudioso de si, muito mais que de outrem, assim saberá mais de outros através de si do que pode imaginar, seja sua própria sala de aulas, seja seu professor e aluno, e se formará sem que ninguém perceba ou impeça.

Em tudo há felicidade, nossa pouca visão interior é que proíbe-nos de ver, nossa insensibilidade espiritual que impede-nos de progredir, é tudo questão de saber como se portar frente a um problema, tudo forma de avaliar e resolver ou não esta pendenga, se nos tornarmos escravos deste mister, o de sofrer a cada problema apresentado, não saberemos nunca o que é a verdadeira felicidade, problemas são para testar, e felicidade para felicitar pela forma sábia de resolver ou conviver com um problema; a verdade está em nós, ou sofremos abundantemente, ou convivemos com eles e procuramos o bem-estar; a partir daí a felicidade encontrará o seu caminho e se instalará, então todos os problemas deixarão de ser angustia para serem momentos de decisão a serem tomados.

Mergulhar em problemas é desejo de se martirizar, para isto que existem, para nos colocar frente a nossas fraquezas ou culpa; em todos os casos só temos problemas nas áreas que não sabemos lidar com dificuldades, os outros são apenas empecilhos, e se não soubermos com isso lidar afundaremos no mar revolto, se soubermos andaremos por sobre as águas inquietas sem nos angustiarmos.

Colocamo-nos como mártires de muitas coisas, até mesmo do que provocamos, mas não nos movemos para eliminar o que provoca tais problemas, é como se estivéssemos nos punindo por algo, como se merecêssemos tais represálias de “Deus”.

O bom guerreiro é um sábio, não se perde em tentativas das verdades descobrir; ao enfrentar um opositor sabe se este é um inimigo ou um desenformado na vida; o sábio é um guerreiro e não se entrega a batalhas sem propósito altruísta, não se vê cercado por mentiras nem procura a verdade onde não compensa seu tempo colocar.

O bom guerreiro sabe o que deve fazer sempre, e não se ilude com conquistas tolas, somente se estas lhe trouxerem benefícios espirituais. Não se entrega a futilidades e nem inverdades, não ouve o que não interessa; o sábio guerreiro já venceu outras batalhas em vidas passadas e suas medalhas são a compreensão da vida; e não se faz de ignorante ao procurar propósitos beneficentes; somente se entrega a estas se o proposito for verdadeiro.

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