COMPLEXAS COLOCAÇÕES=parte 2 de 5

Nossa bagagem, abençoada pelo Criador, o bem que fizemos e que devemos guardar, e seremos felizes durante a estada no éter, e nossa futura vinda mais uma vez para cá, quando tudo de maravilhoso que guardamos, será reposto com felicidade plena.

Sempre em mudança estamos, ou de personalidade para algo melhor; de sentimento para algo mais puro, sempre mudando para novas experiências ter, novas sensações obter ao nosso crescimento interior; este crescimento é sempre regrado por necessidades interiores, para que possamos vivenciar-nos noutro status emocional, nova sensibilidade da vida e até da morte; somos testados nestas mudanças, colocados à mercê da vida, para que sejamos humildes.

Somos desonrados por uma situação para ver nossa humildade e tantos outros testes a que somos colocados à prova, mas em tudo há uma finalidade, e temos que sempre ver como lado bom, alimentar o amor sem nos incomodarmos com o acontecido, jamais extravasar ódio, pois estes, são para que saibamos driblas sentimentos novos e saiamos vencedores em tudo que nos é colocado à prova.

Muito procuramos o paraíso em Terra, lindos lugares onde o paradisíaco faça-nos calar ao silencio da natureza, onde os olhos se encantam, os ouvidos maravilhados com o som do mundo, sentidos e corpo se integram ao local, delícia a ser saboreada, pois é nossa forma de sentir o Divino em matéria.

Porém a beleza não está no que vemos e sim no que sentimos, no se entregar ao deleite dos detalhes da mãe natureza, da perfeição de contornos, cores e composições de materiais, sentimos o prazer, o amor, porém se nosso íntimo não estiver em equilíbrio com tudo isto, será apenas mais um local bonito, ou até horroroso se nosso estado de espírito estiver entregue à desilusão da vida.

O paradisíaco que vemos na natureza é nosso estado emocional, e podemos sentir esta maravilhosa energia até em locais sem linda aparência, pois o paradisíaco está em nós e não na natureza que sempre é maravilhosa, sempre perfeita e só a percebemos quando saímos de nosso habitat cotidiano, ou saímos deste habitat emocional conturbado.

Das coisas boas às coisas ruins, tudo tem fim, é o recomeço que muitas vezes vai nos fazer bem, oportunidades de renovar o que achávamos ser essencial à compreensão; a verdade que não aceitávamos; que perturbava e que agora deixa de ser realidade; a incompreensão dos que nos odiavam e que agora passa a ser amor, ou mesmo indiferença. Tudo na real vontade do entendimento segundo as leis de Deus, tudo na forma bela de se viver de bem com o mundo, embora incompreensível à tosca maneira de entender, é perfeito a nós como espírito.

Tudo na lei da divina providência, que nos quer no bem sempre, que nos quer salvos dos próprios erros.

A visão, a beleza do que só os olhos veem; porém não é nossa intenção apenas vislumbrar o que os sentidos entendem; somos mais que cinco sentidos, somos sabedoria, verdade e inteligência divina a ser desvendada, e no compreender do que somos feitos, saberemos para que fomos feitos.

Do pó viemos e para o pó voltaremos, somos a natureza em nosso corpo, consumimos da natureza e seremos consumidos e reciclados pela mãe natureza, tudo dentro do que o Criador assim determinou no santo livro, e de tudo que tememos, nada devemos levar em conta, pois somos o poder imanente do Pai, ao cuidar de nosso corpo ainda em barriga da mãe, somos poder ao manobrar a matéria para que este corpo cumpra seu carma com ou sem sofrimento, e somos poder ao desintegra-lo quando sem vida é levado a sepultura; somos poder em nossa vida, então porque não podemos tomar este poder durante a vida? Simplesmente porque não sabemos que temos.

Quanto a ouvir e tão pouco a dizer; somos mais alunos que mestres, mais discípulos que doutores, mais ignorância que sabedoria, porém nosso ego tão grande não permite-nos assumir estas verdades, e perdemos muito de nossa vida na procura de pessoas a quem ensinar e fechamos ouvidos ao aprender, somos sempre o que tem razão, e nisto perdemos facilmente a razão.

Nunca assumimos a ignorância que seria evidencia, para assim merecer o aprendizado, não endossamos o que sabemos por não termos certeza, não fazemos de nós a sala de estudos sábia deste plano, e retornamos ao astral superior com nada novo assimilado, e mais uma vez nosso carma é o mesmo, o de sofrer para aprender o que deveríamos ter entendido; voltamos a ser alunos que no fim da sala só tem por motivação a perda de tempo e o desacreditar do mestre; que sabiamente coloca ensinamento, mas que só serão entendidos quando suas mentes cansadas de tanto perecer, procurarem em si as respostas que lá estão a muito.

Verdades de Deus em nós às vezes são conjecturas que não entendemos; não somos preparados por não estarmos iluminados, são as consequências de nossas tantas caídas a este plano; que já esquecemos do que ele colocou, do que nos fez prometer ou fazer; e no interesse de voltar a sua presença, nos envolvemos com muitas formas de adora-lo, com várias maneiras de nos entregarmos a quem nada Dele entende, como se este fosse o caminho para a salvação, para a volta ao paraíso; mas nem tudo é perdido neste mundo, temos em nós a possibilidade sempre de voltar ao que éramos em essência, voltar ao nosso interior, e lá procurar a semente de mostarda que foi a muito plantada, e faze-la germinar com fé e esperança. Com o entendimento que tudo sabemos, mas temos de recordar, e quando nos lembrarmos poderemos esta semente germinar e ao Criador voltaremos.

É uma das grandes verdades; a do se descobrir para ao Pai voltar, sem pecado mais, e sem receio de pecar.

Dos mundos conhecidos, só imaginamos os materiais, não aventuramo-nos em admirar os que os sentidos físicos não permitem, não nos aventuramos a mergulhar no obscuro de nosso interior para conhecer mundos invisíveis que existem para todos, não nos permitimos transcender a mortal carne a procura de verdades que em nós está, é nossa visão dos mundos divinos e suas fronteiras longínquas a serem desbravadas por nosso pensamento. Os mundos invisíveis do qual pertencemos são nossa real morada, de onde viemos e que esquecemos por conveniência de erros a serem pagos neste sítio.

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