UMA DAS REGRAS DO CARMA

Talvez tenha feito tudo que precisava; porém será que fiz tudo que queria?
Pois sempre fazemos o que é de nossa obrigação, deixando o prazer para lá, como se isto interferisse em nossa realidade de trabalhador no que estamos produzindo.

Talvez tenha ido além de minhas responsabilidades, porém não me arrependo.
Pois foi de meu desejo ter ido tão longe, foi de minha índole ter me empenhado tanto.
Talvez tenha esquecido de algo ou de alguém.
Porém sei que sempre tenho mais uma chance de refazer o que concretizei, e se tiver que fazer de novo, será melhor que antes.

Talvez tenha que esquecer do que de mal me aconteceu; porque isto não é boa coisa a lembrar no futuro.
Porém antes de avaliar esta forma de solucionar, temos que saber se não nos trará prejuízo, se conseguiremos realmente esquecer; para mais tarde ter de recordar em detalhes para a torneira do passado parar de respingar em nós.

Tudo é questão de compreender e se compreender quando lidar com o que nos acontece durante o dia; saber o que temos de aproveitar e o que não trará lucro interior.
Uma forma sempre sábia de rever valores; entender que devemos nos enriquecer com o bem-estar de realizar se isto faz bem, e com o não se martirizar quando temos de algo insatisfatório executar.

Ser útil ao mundo não é apenas se fazer torturante pessoa a realizar porque é necessário.
É fazer pelo prazer de crescer, que seja de forma literal, mas sempre visando em tudo o bem coletivo.
Talvez tenhamos de nos contentar com o pouco lucro a conseguir.
Porém o lucro que vem de dentro é infinitamente maior que o de fora.
Porque no sentir completo ao fazer o bem, nos sentimos mais donos de nós.

De tal forma que não precisaremos com o tempo sermos remunerados quando de certos tipos de afazeres.
É a alegria do se dar, se presentear como se fossemos parte do universo de todos, como se fossemos mais que solitários em nosso corpo carnal.
Somos a partir de então parte do universo de todos, um prolongamento, continuação, uma projeção que se faz em cada ser que ajudamos, e compreendemo-nos cada vez mais quando deste acontecimento passamos a fazer parte.
Entreguemo-nos à paz através da sublimação do ajudar; entreguemo-nos à realidade divina que em nós passa a ser consciente.
Somente assim poderemos encontrar aquela paz que o homem de nome Jesus disse nos dar.

É a paz que em nosso interior está; que basta nos entregarmos em caridade para esta paz tomar e sermos felizes; tudo questão de compreender que somos autossuficientes em nos superar, sempre a compreender o que somos por dentro.
A verdade que temos, nos ver como somos, porém, o que somos é maravilhoso em contraste com o que imaginamos.
Que em realidade somos é puro amor, mas nosso carma exige-nos ser ruins pessoas muitas vezes.

Mas temos que lembrar de que o Pai deu o livre arbítrio e deste, temos que nos valer; temos que procurar o valoroso ser que dentro de nós habita.
E na procura que parecerá vã, veremos maravilhas guardadas em nosso íntimo, saberemos que somos muito mais que carne vivificada.
Que somos o mestre em nós adormecido, a mostarda prestes a germinar, e no compreender tudo quanto lá tem; encontrarmo-nos com o Cristo que também lá sempre esteve; em nós, que nos julgamos injustamente muitas vezes pelos erros que cometemos.

Esta é a paz interior, se procurar e saber que se é tudo que deseja; porem teremos que pagar o carma que de vidas passadas acumulamos.
E o fazer o bem passará a ser prazeroso, complemento de tudo que em nós de divino há.
Talvez não seja exatamente quem gostaria de ser.
Mas passarei a admirar quem sou.

Porque no final, saberei que mesmo com incontáveis dúvidas, sou capaz de construir uma vida melhor.
Tudo na proporção que julgarmos necessário, para que entendamos de nós, para que possamos aproveitar ao máximo tudo que somos em prol de nós e da coletividade num plano espiritual.

Paz, amor, caridade, sensibilidade; são as qualidades para ser feliz quando se explorar interiormente; quando se encontrar e emergir o que somos em realidade.

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