SOU MEU JUIZ

Um homem foi criado, uma mulher deste homem saiu, ou; esta única criatura se desmembrou; tiveram filhos que um dia por sentimentos tolos, se cometeu o primeiro crime, e Deus puniu.
Puniu?
Ao criminoso pelo ato executado?
Aos pais pela educação deficiente?
Ou à vítima, por se tornar presa fácil?
Tudo neste plano é regrado pelas leis acima; Deus em pessoa não pune o criminoso, não culpa os educadores, não protege as inocentes vítimas.
Deus não é indiferente a tudo isto, é justo, correto, imparcial e cármico.

Num dia ou numa existência, todos encontrarão seu algoz, seu carrasco, seu anjo; a reta conduta não leva a Deus, mas provoca evoluções cármicas que protegem qualquer frágil criatura do mais violento carrasco cármico.
Desestimula o predador humano a um ataque, e tornará invisíveis os corretos seres de serem vítima dos elementos perigosos.
O carma é a lei criada para a cobrança dos pecados e dos gestos caridosos; a lei mais correta e eficaz, ninguém escapa; muitas vezes o péssimo elemento não é punido aqui; e o mártir jamais reconhecido em vida; mas no desencarne, no sono da morte; ou melhor, no acordar para a vida; os seres encontram seu algoz; a mão amiga que irá curar as feridas, o Demônio que irá fervê-lo em caldeirão à beira de abismos.

O nome deste ser, que nos dois casos podem ser o mesmo; executar carinhos angelicais ou feridas marcantes, é nossa própria consciência.
Não existe nada mais horripilante do que olhar para si mesmo, ver o que fez; quem prejudicou, quem maltratou.
O destino inevitável de quem desencarnou é encontrar o carrasco, ou o anjo íntimo que lhe colocará frente a frente a seus delitos; ou não.
O espírito se sente impelido a se punir, na verdade o algoz é ele mesmo; ou seja, seu lado angelical e perfeito como o Criador, que o obriga a refazer, perdoar e sofrer pelo que fez.
Sabe que o único meio do crescimento espiritual é se sujeitar aos que prejudicou anteriormente.

Sua salvação será total se estando nas mãos de sua antiga vítima, e esta não lhe causar males.
Este é o perdão, que anulara o carma ruim de um e o Dharma de outro; ou seja, um crédito espiritual para quem perdoou ou não causou mal algum.
Ninguém maltrata outro de graça; sempre existe uma dívida anterior.

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