Foi-nos dado o dom da vida, o dom de mais uma vez pecados desfazer, nossas falhas não mais cometer, porém estamos sempre a sublinha-las, como que a mostrar que somos mais que devedores; somos pouco inteligentes, ou meramente seres sem vontade de progredir, sem necessidade de procurar o que nos faça bem.
Recebemos o dom da vida e não acordamos para a vida, recebemos a graça de mais uma chance e não a aproveitamos, somos tolos em nada fazer para coisas erradas desfazer, temos o poder de nossas existências futuras mudar, porém em nada queremos nos apegar de sublime ou altruísta para isto fazer.
Interpretamos nosso destino como mágoa de Deus para conosco, como desamor de um pai que nunca quis o bem deste filho, como alguém que coloca-nos no mundo e esquece; infelizmente consciente ou inconscientemente fazemos desta maneira, não interpretamos a estada mais uma vez aqui, como prêmio divino a ajudar-nos sanar o que de errado fizemos.
Interpretamos a verdade divina em nós, da maneira materialista que nos interessa, da maneira grotesca que faz bem ao bolso, e poucas vezes ao coração, somos insensíveis às próprias dores, como se fossem curadas com boa dose de dinheiro, é nossa meta ser ricos, mas tão ricos que quando desencarnarmos este dinheiro todo, não caiba em nosso caixão. É a verdade que muitos sabem, que muitos interpretam; o destino que traçam para esta e outras futuras existências.
A incompreensão do que sabe ou do que não sabe para benefício próprio, o que se leva desta vida, a fácil vivência do nada aprender de profundo; de nada entender do que está aqui, e do para que aprender, se tudo esqueceremos quando morrermos.
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