MEDITANDO SOBRE A NATUREZA DA SABEDORIA

Um dia quis saber do que realmente sabia, se minha sabedoria é mesmo, ou uma ilusão de meu conhecimento, que pouco me instruía, apenas dizia e me enchia de perguntas sem respostas.
Foi longa e penosa a procura destas tais respostas, mas um dia a uma grande conclusão cheguei sobre meu conhecimento, conclui que não sabia nada.
E a partir daí entendi que a sabedoria real se inicia do não conhecimento, ou do assumir este não saber das coisas.

A sabedoria é ter conhecimento das coisas que assume não conhecer, por que se fossemos sábios e conhecedores de tudo, estaríamos fazendo o que neste plano de sofrimento?

Os anos se passaram e compreendi que cada vez mais, os estudos levavam-me a realidade que estava sabendo cada vez menos, uma realidade louca de se imaginar, porem bela de compreender.
À medida que temos perguntas respondidas, mais indagações surgem em crescimento geométrico, e nossa não sapiência se torna maior também, por não conseguirmos respostas a cada vez maior número de perguntas.

Porem estas já não são de âmbito tão superficial, tão terreno, tão dia a dia. São perguntas basicamente sobre o que poucos conseguem assimilar, poucos conseguem compreender por estarem presos à matéria, e seus corpos não permitem que a imaginação voe a patamares longínquos e maravilhosos, porque só lá estão tais perguntas e suas respostas não, elas estão em nós.

Então temos que ir ao infinito procurar uma pergunta e voltar a nossa mente embotada de não conhecimento metafisico, para encontrar a resposta, esta é a verdade que soube, que descobri e cultivo, a total abstração do pensamento, a utilização da metafísica em seu total poder de indução, para que possamos ir em alpha até a estratosfera de nosso conhecimento, e de lá descobrirmos ao olhar para baixo, que somos pequenos demais perto de nosso sábio conhecimento oculto, é a sapiência que só se adquire com abnegada entrega, e nenhuma recompensa a esperar do próximo ou do infinito, a procura real do Deus que existe em nós e está tão longe.

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