A amiga morte

A morte é certa, mas incerta de quando será.

É correta no que faz, mesmo que julguemos no momento errado acontecer.

Ela jamais falha com pessoas ou histórias a serem encerradas, pois também é sábia, somos nós a chamá-la sem notar, a marcar quando deve ser sem lembrar.

A morte é o final quando e escolhemos, antes de iniciar, também é a trajetória de morrer muito antes de desencarnar.

Tudo finda, e com ela também tem de ser; posto que mais importante que ela, a vida que vem após, a eterna que nos faz aqui embarcar cada vez mais em aventuras torturantes para nos descobrirmos.

Ela também é eterna, sempre estando a esperar a cada chegada neste plano, porque através dela iremos partir quando necessário pelos planos feitos, porém nos leva se as lições complexas não estão transcorrendo como deveria, pois cá estamos para aprender e através das insanas torturas pelo nosso íntimo devemos aqui suor até de sangue, sem com ela poder contar.

Ela é também amiga, que nos abraça quando mais nada podemos fazer, nem mesmo o corpo suportar o que está por vir, mas só será quando decisivo momento passou a ser.

Estranha companheira a não temer, porque não nos promove medo se já a entendemos e não maltratará quando vier buscar, se entendemos e aceitamo-la com sua estranha missão.

A morte, embora se diga ser um personagem fora de nosso ser, somos nós em nossa mais sábia concepção, a comprovação que há um mundo além, de onde assumimos ter de morrer quando necessário por cobranças cármicas ter cumprido ou aprendido, ou sofrido ou abandonado a responsabilidade assumida e partir pelo ego que não soubemos administrar.

A morte, sábia companhia a esperar o momento adequado que é quando partimos não deliberadamente.

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